A bela flor – que emana os mais
doces perfumes
E enfeita o jardim com suas pétalas bem formosasNum dia de irresignação, bradou com muito ciúmes:
-Eu quero ser a borboleta que voa
livre e graciosa!
Batia suas asas sob o olhar
encantado de toda a cidade
E na ânsia perpétua de poder
visitar todas as flores
Invejava no beija-flor o tamanho
e a agilidade.
De polinizar em todo o jardim a
paz e a harmonia
Mas viu que o néctar não lhe
trazia a mesma emoção
Sentida pela moça que –
apaixonada- a flor sorvia
Procurava errante, no jardim, como amenizar a sua dor
E diante da dor de uma grande desilusão
amorosa
Desejava ter apenas a placidez e
beleza de uma flor.
(Osmar Aguiar)
A eterna insatisfação do ser...
ResponderExcluirAdorei! É exatamente assim que a vida acontece.
Sorte encontrar quem possa transformar a visão desse eterno desencontro em poesia.
Parabéns, Osmar! Muito bom!